08/03/12 - 08h24
As Nações Unidas adotam este dia 8 de março para comemorar o Dia da Mulher e, desta forma, lembrar as conquistas sociais, políticas e econômicas de tal segmento social, ainda considerado por muitos como sexo frágil.
Portanto, eu, como tantas outras mulheres, que exercem multitarefas, quer domésticas, profissionais e pessoais, preciso ficar “antenada” com o mundo, dar conta das cobranças diárias da sociedade, partilhar com a família o dia a dia, manter-me estilosa e prática, para poder cumprir com a correria do cotidiano e não desapontar aqueles que comigo vivem.
Porém, como muitas de nós, além de “dar conta do recado”, como popularmente se diz, ainda encontro tempo para o engajamento social (sou delegada no Conselho Municipal da Mulher de Joinville, indicada pela OAB local) e advogada participante da Comissão da Mulher Advogada, atuando como vice-presidente, procurando garantir a este segmento social, que representa mais da metade de tais profissionais na esfera jurídica estadual (53%), suas prerrogativas, direitos e conquistas.
Ah, também sou professora!
Adoro lecionar e atualmente atuo como tal no ensino superior (Inesa), na área jurídica, mas como também tenho formação superior em história, já percorro o caminho do magistério há longos anos, tendo passado pelo antigo ensino de 1º e 2º graus, quer em instituições de ensino públicas e particulares, no ensino superior (antiga Furj) e em cursinhos pré-vestibulares.
Também não posso esquecer minhas funções de mãe e esposa, engajada na formação de dois homens, meus filhos, os quais procuro orientar para a vida, destinando-lhes conselhos, exemplos, ensinamentos...
O “maridão” vai bem, obrigada!
Ele já se acostumou, após 26 anos de vida em comum, com este meu corre-corre. Às vezes não entende e reclama, mas, ao final, tira de letra minha “ausência” e vem demonstrando ser um ótimo pai-mãe.
Minha luta diária, mesmo que não tão comum para muitas, também é recheada de preocupações de mãe, de profissional atuante, de cidadã ligada no Brasil e seus rumos políticos e de consumidora, diante de muitos (des) serviços que são praticados em descumprimento às leis.
Assim, torno-me mulher exigente, quer comigo, quer com os meus, com meu mundo, com minhas conquistas e desafios.
Assim, segue a vida deste exemplar do sexo frágil! Brasileira, mulher, esposa, mãe, professora, advogada...
* Maria Terezinha Niedziewski Devegili é vice-presidente da Comissão da Mulher Advogada da OAB Joinville
(Artigo publicado no "A Notícia", de 8 de Março de 2.012)